Eu sou a outra daquela uma, que Deus a tenha, coitada
Cabelos negros, em seu colo, enfim amparada.
Eu sou a outra, daquela uma, buscas sinceras roubadas
Fora do curso, urgente, a toda hora desviada.
Eu sou a outra daquela uma, em fotos grafada
Precipícios, cordilheiras, desvalida, desvairada.
Eu sou a outra, a destemida
Daquela uma, destronada,
Segunda parte da vida,
Início de uma longa estrada.
18 janeiro 2010
Primeiros socorros
Morada doce do corpo
Desandou
Por medo, susto, agonia
Antes pouso da alegria,
Perdeu a mão
Desandou.
Buraco negro, vago , corroído,
Sem conteúdo, socado, sofrido.
Carece abrir janelas,
Abrir as portas,
Arejar.
Carece fechar os olhos,
Quedar-se quieto,
Acomodar.
Entre a orquídea do peito, e a mina do coração.
Carece som de viola, olhar de criança, cheiro de flor
Carece mão carinhosa, àgua do mar, luz do amor.
Desandou
Por medo, susto, agonia
Antes pouso da alegria,
Perdeu a mão
Desandou.
Buraco negro, vago , corroído,
Sem conteúdo, socado, sofrido.
Carece abrir janelas,
Abrir as portas,
Arejar.
Carece fechar os olhos,
Quedar-se quieto,
Acomodar.
Entre a orquídea do peito, e a mina do coração.
Carece som de viola, olhar de criança, cheiro de flor
Carece mão carinhosa, àgua do mar, luz do amor.
Manhã de sol
(para Nina, 23.06.09)
Como é que, de repente
O mundo deixou de ser urgente?
E o passo aflito desliza agora,
Em mão única?
Como é que o anseio frustrado, de repente, é calma?
E o vazio, céu estrelado?
De repente, manhã de sol, retrato de gazela.
Lar, leito, brancura de lençol.
A vida passada à limpo.
De repente, na manhã de hoje,
Um dia cheio de manhãs.
Como é que, de repente
O mundo deixou de ser urgente?
E o passo aflito desliza agora,
Em mão única?
Como é que o anseio frustrado, de repente, é calma?
E o vazio, céu estrelado?
De repente, manhã de sol, retrato de gazela.
Lar, leito, brancura de lençol.
A vida passada à limpo.
De repente, na manhã de hoje,
Um dia cheio de manhãs.
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